Jardins tornam qualquer construção mais alegre e aconchegante e mesmo espaços pequenos podem ser utilizados para o cultivo de flores e plantas em geral. A arquiteta e urbanista Larissa Villaschi, do departamento de Projetos e Meio Ambiente da CBL Desenvolvimento Urbano, lembra que alguns detalhes na elaboração dos jardins podem criar a ilusão de áreas maiores.
O primeiro deles é a criação de canteiros junto aos muros, evitando que os pisos encontrem diretamente as paredes. Isso fará com que os dois planos pareçam mais leves. “Outra dica é a criação de jardins verticais, com a vegetação disposta em vasos suspensos nos muros e a presença de arbustos altos. Isso trará uma ilusão de espaço maior. Se houver na vizinhança vegetação alta, que ultrapasse a divisa, o jardim parecerá ainda maior, pelo efeito da continuidade das massas verdes”, destaca Larissa.
Ela lembra que espaços pequenos podem ser otimizados a partir da escolha de cores frias – além da vegetação verde, flores de cores azul, lilás e roxo. “Essas cores trazem a sensação de amplitude conforto. Ambientes compostos por vegetação integralmente verde também podem transmitir aconchego e criar uma atmosfera agradável. Para que isso ocorra, basta escolher espécies de vegetações que se complementam no que se refere a texturas, formatos e portes para obter um resultado satisfatório”, completa.
Outras dicas para criar um jardim:
1 – Atenção na escolha das flores
Na escolha das flores, é preciso levar em consideração o período em que ocorre a floração das espécies que serão utilizadas no projeto paisagístico, a fim de garantir que o jardim tenha atrativos florais em momentos diferentes. Além disso, a periodicidade das flores também deve ser levada em conta. Há florações mais ou menos duráveis, conforme a espécie.
2 – Flores diferentes, cuidados diferentes
É importante saber a diferença entre flores perenes, que florescem todos os anos sem a necessidade de serem plantadas novamente, porém possuem um curto período de floração, e as flores anuais, que florescem durante grande parte do verão, porém devem ser replantadas anualmente.
3 – Escolha as espécies de acordo com o clima
Também precisam ser observados na escolha das espécies o tipo de clima, evitando-se espécie provenientes de climas muito diferentes; luminosidade, conferindo-se a iluminação da área do jardim que será ocupada; e o espaço, escolhendo a espécies coerentes com a área disponível.
4 – Sobre o cultivo em áreas com sombras
Em espaços com pouco sol, para evitar o excesso de umidade é recomendável o uso de cascas e lascas de madeira ou coco na forração de vasos ou canteiros. Vale ressaltar que este material deve ganhar tratamento químico apropriado para desempenhar sua função da maneira mais eficiente possível. Caso contrário, poderão sofrer infestação de cupins, por exemplo.
5 – Controle da umidade
Já em locais mais secos, folhas secas pelo chão podem proporcionar não apenas belos efeitos paisagísticos, como também colaborar na manutenção da umidade do jardim.
6 – Pensar o jardim como parte de todo o projeto de construção
A construção dos jardins deve começar após a finalização das obras estruturais, já que essas envolvem materiais mais pesados, cuja circulação pode danificar o ambiente. Se o projeto do jardim começa a ser implantado durante as obras de finalização, o jardim já deverá estar consolidado quando a construção ficar pronta.